Passado, Passos, Passagem,

Passou pela vida passada.
Nao sabia seu proprio nome, na sentia nada.
Talvez pra nao sentir o que sabia, la no fundo, que seu coracao devia sentir.
Passou pela vida passada.
De vez em quando seu coracao pulsava mais forte como um soluco ou um espasmo, so pra lembra-la de que estava viva.
Passou pela vida passada e, nem viu a vida passar.
Nao viu nada, nao sentiu nada, nao viveu nada.
Porque nada era melhor do que aquilo que devia sentir.
Entao, criou um mundo.
Um mundo mais ou menos perfeito.
Onde as coisas estavam de cabeca pra baixo.
Mas, era assim que deviam estar.
Assim era o certo de seu mundo.
Nesse mundo so havia dor, nao uma dor aguda, uma dor como um cansaco e a vida so passava.
- Nao e assim mesmo que e a vida?! , ela se perguntava.
Porque seu mundo seu mundo de cabeca pra baixo era assim.
Um dia alguem abriu a porta de seu mundo e todos os moveis cairam em sua cabeca.
Seu mundo se desvirou.
Mas, foi ai mesmo que ele virou de ponta-cabeca.
E, ela viu o mundo em que vivia e vomitou.
Vomitou angustias e medos e desilusoes.
Porque para a crianca que ve o mundo pela primeira vez, a luz faz mal.
So ai ela entendeu que o que lhe ocorria e que ela comecara a enxergar, enxergar as coisas como elas sao ou como elas nao sao e como elas nao deveriam ser.
Mas, a vida continuou a passar.
So que agora, a garota torcia e contorcia seu mundo e, a vida ja nao mais passava pois, ela aprendeu a criar mundos e descobriu que podia fazer o que quisesse com eles, desde que sentisse cada batida de seu coracao, fosse de dor ou fosse de alegria.

Tem alguem ai?

Que meu peito aberto seja visto e ouvido e tambem admirado
Que meu lado feio nao seja um impedimento
Que meus defeitos sejam nao so tolerados, mais acalentados pois estes nao se mostra pra qualquer um
Que minhas indecisoes, minhas insegurancas possam ser parte de mim, sem que eu tenha medo de ser fragil, o que e muito diferente de ser fraca
Que minha dureza, meu jeito 8 ou 80, possa se amancar, sem que com isso eu me perca
Que meu peito aberto, meu jeito de me jogar se encontre no meio da queda e com esse alguem voe, voe mais alto
Que meu peito aberto se jogue em queda livre, sem paraqueda para aprender a voar e perder o medo das alturas e se nao perder o medo, que pelo menos aprenda a conviver com ele
Que sejamos amigos, eu e o medo, ja que ele nao vai mesmo me deixar
Que minha alma desvairada encontre uma outra alma desvairada para sairmos por esse mundo a bailar
Porque o baile solitario e lindo, mas as vezes o salao fica grande demais pra uma pessoa so e as pernas ficam pesadas de bailar sozinha

Royal Flush

Quem aposta alto tambem perde alto.Mas so sei que nao sei viver sem apostar.
Doi muito quando levo um nao ou uma porta na cara. E, leva um tempo para eu me recompor, juntar os caquinhos e ser feliz de novo. O que, no momento do descontentamento parece que nunca mais vai acontecer.
Mas, mesmo com toda a dor que sinto ao pular de peito aberto sem paraquedas, descobri que nao sei ser de outra forma, nao quero ser de outra forma.
Eu sou assim, aposto alto, me arrisco e me esburracho na maioria das vezes. Doi pra burro!
No entanto, nao faco isso num ato suicida e sim com a consciencia de que doi muito mais nao fazer nada, nao tentar e ter que conviver com a duvida do que teria sido, do que ter que conviver com a dor da frustacao, da negacao do desejo.

Sobre cemiterios e homenagens

Nao se assustem! Nao estou num momento morbido ou algo assim...
E que aqui na Polonia eles tem um respeito enorme pelos mortos. Tem sempre estatuas ou monumentos a alguem importante para a historia do pais.
Para mim, isto e um culto, uma demonstracao de respeito incrivel pela memoria do pais.
Mas, o que me encanta de verdade sao as homenagens feitas nesses locais, sejam em estatuas, em monumentos ou tumulos (de pessas comuns - se e que se pode colocar assim). Ha sempre flores e jarros coloridos com velas dentro formando um belissimo arco-iris. E mesmo lindo de se ver!!! O cemiterios cinzas e pretos todos tingidos de homenagens pelos que ja se foram numa especie de culto ao passado, como quem diz, nao esqueceremos jamais!

Epifanias de um trem polones....

Nada como 16 horas num trem "pinga-pinga" polones, para ter muito tempo pra pensar e pensar... E, como tinha que me entreter de alguma maneira ja que dormir nao e uma possibilidade muito acessivel (explicacoes posteriores)...
Cheguei a algumas conclusoes, ou nao...

Domino de emocoes

Quando a gente se move o mundo tambem se move um pouquinho. Tres milimetros que sejam, mas isso ja e o suficiente para muita coisa mudar...
Comeco a acreditar naquela historia de que quando a gente muda, o mundo move. Ao tentarmos algo diferente as pessoas a nossa volta tambem se movimentam, como uma especie de reacao em cadeia. Talvez sejam as energias se realocando ou as pessoas tentando achar novas respostas pra novas perguntas, se readaptando as novas dinamicas de vida.
Ao nos colocarmos frente ao novo ficamos mais abertos ou sentimos a necessidade de mudar, de buscar novas solucoes, inevitavelemente, nos fazemos novas perguntas. E, a resposta pra isto tudo e mudar ou mudar, pois a metamorfose e quase uma questao de sobrevivencia e muitas vezes a escolha entre ser feliz ou nao.
Mudar e bom! Por mais que muitas vezes seja assutador, pelo menos para mim...
Acredito que assim nos tornamos pessoas um pouquinho melhores e o mundo tambem fica um pouquinho melhor.

Queridos amigos: Ewelina e Michal

Num Cafe lindinho, com meus queridos novos amigos que me receberam com muito carinho, Michal e Ewelina.

A Cracovia e mesmo apaixonante...

Parte Judia da Cracovia

Viagem dos sonhos - Comecando pela Cracovia

Passeio de bicicleta pela Cracovia, sempre quis fazer turismo de bicicleta acho tao bacana...

Demorei um pouco pra pegar o jeito da bike, mas como dizem, essas coisas a gente nunca esquece... Sera?! srsrrs

Escrever ou nao reflexoes no "Perrengues"

Pensei algumas vezes se deveria ou nao escrever reflexoes neste blog, principalmente pelo fato de eu ter um outro blog destinado exclusivamente a isso e, este blog ser voltado para minha viagem.
Porem, tudo o que reflito aqui, todas as conclusoes a que chego e todas as perguntas que me faco, talvez nunca existissem se nao fosse pelas experiencias que estou vivendo aqui. Entao, cheguei a conclusao que nao ha como separar uma coisa da outra. Portanto, tudo, sejam reflexoes ou perrengues, deve estar no blog "Perrengues", pelo menos enquanto eu estiver vivendo aqui.